Descarregamento do floema

         O transporte para o dreno é chamado de importação.  O descarregamento do floema propriamente dito é formado por três etapas:

  • Descarregamento do floema quando os açúcares importados deixam os elementos crivados dos tecidos-dreno.
  • Transporte em curta distância quando os açúcares são transportados para as células no dreno
  •  Armazenamento e metabolismo (Taiz & Zeiger, 2013).

       O descarregamento pode ser simplástico com difusão e componentes de fluxo de massa ou apoplástico (Lalonde et al., 2004). Locais como folhas em crescimento, raízes e tecidos de reservas, onde o carbono é armazenado na forma de amido ou proteína, ocorre o descarregamento simplástico do floema. Os açúcares de transporte são utilizados na respiração e metabolizados em polímeros e reservas necessários para o crescimento (Taiz & Zeiger, 2013). Como a sacarose é metabolizada existe baixa concentração deste composto nas células-dreno, assim é mantido o gradiente de concentração para a absorção de açúcar, assim os açúcares durante o descarregamento movem de forma passiva dos elementos crivados, do local de maior concentração para o de menor concentração, neste caso a energia é gasta apenas para as reações de respiração e biossíntese (Taiz & Zeiger, 2013).Quando o transporte é apoplástico o açúcar transportado pode ser parcialmente metabolizado no apoplasto ou pode atravessar sem modificações. A sacarose é um exemplo de modificação que pode ocorrer no apoplasto, visto que ela pode ser clivada em glicose e frutose pelas invertases (Taiz & Zeiger, 2013). Nesse transporte o açúcar deve atravessar pelo menos a membrana plasmática da célula que está exportando e a membrana plasmática da célula-dreno, sendo dependentes de energia (Taiz & Zeiger, 2013).

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Durante o processo de descarregamento, é necessário que se mantenha o potencial de sacarose sempre baixo na célula receptora, para que não haja refluxo desse açúcar. Em órgãos com descarregamento simplástico, o baixo potencial químico de sacarose é mantido pela respiração ou pela conversão dos açúcares transportados em compostos necessários para o crescimento ou em polímeros de estoque (Roitsch & Ehneb, 2000). Já em órgãos com descarregamento apoplástico, as invertases desempenham um papel central na manutenção de um baixo potencial de sacarose para que haja uma chegada contínua desse composto nas células receptoras (a enzima invertase pode agir em diversos locais na célula receptora e sua ação é em conjunto com os transportadores de açúcares). Se a atividade da invertase é no apoplasto, a entrada do assimilado na célula receptora requer a presença de transportadores de hexose no citosol. Por outro lado, se sua ação é no citoplasma ou no vacúolo, transportadores de sacarose devem estar presentes no citosol ou no tonoplasto, respectivamente. As invertases e os carreadores de açúcares também podem funcionar como mecanismos de recuperação de açúcares que se perdem para o apoplasto durante o descarregamento simplástico (Patrick, 1997).

       Após a translocação para os drenos, ocorre o reverso do carregamento, quando os assimilados são transferidos para o interior dos tecidos, para armazenagem ou metabolização.

Veja também

Transporte de sacarose

 

 

Referências bibliográficas:

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 954 p.

ROITSCH, T.; EHNEB, R. Regulation of source/sink relations by cytokinins. Plant Growth Regulation, p.359-367, 2000.

LALONDE, S.; WIPF, D.; FROMMER, W. B. Transport mechanisms for organic forms of carbon and nitrogen between source and sink. Annual Review of  lant Biology.  p.341-372, 2004.

PATRICK J.W.  Are hormones involved in assimilate transport? In Hormone Action in Plant Development – a Critical Appraisal. (eds G. V. Hoad, J. R. Lenton, M. B. Jackson & R. K. Atkin), pp. 175–187. Butterworths, London, UK. 1987.

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