INTRODUÇÃO
O crescimento e o desenvolvimento das plantas depende, além de outros fatores como luz, água e gás carbônico, de um fluxo contínuo de sais minerais. Os minerais embora requeridos em pequenas quantidades são de fundamental importância para o desempenho das principais funções metabólicas da célula.
O efeito benéfico da adição de elementos minerais no crescimento das plantas foi reconhecido há mais de 2000 mil anos. Contudo, JUST von LIEBIG (1803-1873) foi o principal cientista de seu tempo a lançar as bases da disciplina de Nutrição Mineral. Sua conclusão de que N, S, P, K, Ca, Mg, Si, Na e Fe eram elementos essenciais, embora baseada apenas em observação e especulação sem precisa experimentação, provou ser bastante correta. Apenas o Si e o Na não são considerados essenciais, embora o possam ser para algumas espécies. De qualquer modo, houve um despertar nas pesquisas nesta área no século XIX. Elas mostraram que as plantas tinham capacidade limitada de distinguir e, ou selecionar dentre os minerais disponíveis na solução do solo aqueles que pouco representavam para o seu metabolismo ou que eram até menos tóxicas a elas. Assim, a composição mineral das plantas não podia ser usada na definição da essencialidade de um elemento mineral.
O progresso na química analítica, especialmente o desenvolvimento de técnicas de purificação de sais e determinação de elementos minerais em quantidades traços, associado ao desenvolvimento de técnicas de cultivo de planta em solução nutritiva, permitiram a ARNON & STOUT (1939) o estabelecimento dos critérios de essencialidade.
As plantas superiores requerem, além do C, H e O, treze elementos que elas absorvem na forma de íons da solução do solo. Seis destes, requeridos em maiores quantidades, são chamados MACRONUTRIENTES: N, P, K, Ca, S e Mg. Os sete outros, requeridos em baixas concentrações, são chamados MICRONUTRIENTES: Fe, Mn, Cu, Zn, B, Mo e Cl.
Os elementos minerais, macro e micronutrientes, ao lado de fatores tais como luz, água e gás carbônico constituem a matéria prima que a maquinaria biossintética da célula utiliza para crescer e se desenvolver. Embora constituem apenas de 4 a 6% da matéria seca total, os elementos minerais além de serem componentes das moléculas essenciais, constituem estruturas como membranas e estão envolvidos com a ativação enzimática, controle osmótico, transporte de elétrons, sistema tampão do protoplasma e controle de permeabilidade.