Ao longo de mais de quatro décadas de docência na disciplina de Fisiologia Vegetal e áreas relacionadas, deparamos sempre com aquelas perguntas que vários alunos fazem: Para quê que servem essas disciplinas que estou fazendo, especialmente nos primeiros semestres/anos do curso que escolhi ? “Corri das áreas de química, física e exatas, para as áreas de Ciências Biológicas, Agronomia, Engenharia Florestal, Zootecnia, e para meu espanto e surpresa, me deparo, de novo, com disciplinas das áreas da química, da física e da matemática pelas quais nunca tive nenhuma atração e não vejo nenhuma ligação com a minha escolha profissional”.
Depois destes questionamentos e perguntas, aí aparece a tal disciplina de Fisiologia Vegetal, demandando conhecimentos, já supostamente adquiridos, e que devem ser recuperados, em maior ou menor grau, para o entendimento de como “funciona” uma planta. Não podemos esquecer que este funcionamento é o resultado de eventos e/ou processos, relacionados com o fluxo de energia e matéria, que ocorrem a níveis de células, de tecidos e de órgãos, em seus respectivos ambientes edáficos e climáticos.
Uma vez conhecido com um pouco mais de detalhes os temas que foram trabalhados no conteúdo programático da disciplina você conseguirá conhecer e entender com um pouco mais de profundidade e interatividade os principais eventos nutricionais, metabólicos e relacionados ao crescimento e desenvolvimento que ocorrem a níveis de célula, tecidos, órgãos e planta inteira, relacionados ao crescimento e desenvolvimento das espécies em ecossistemas naturais e agrícolas.
Uma melhor compreensão do que ocorre com as plantas numa comunidade, seja ela natural ou cultivada, será tanto maior, quanto maior for o seu conhecimento envolvendo os diferentes aspectos estudados abordando os principais processos e/ou eventos relacionados com: os metabolismos da assimilação e do transporte de carbono; o uso do carbono assimilado nos eventos respiratórios de crescimento e de manutenção; o transporte e distribuição de assimilados entre fontes e drenos; a nutrição e o metabolismo mineral dos macros e micros nutrientes; as relações hídricas de uma planta no sistema solo-planta-atmosfera; Biociclo vegetal (germinação, desenvolvimento vegetativo e reprodutivo, senescência) e hormônios vegetais (auxinas, citocininas, giberelinas, etileno, ácido abscísico).
No caso da formação dos profissionais da Zootecnia, Agronomia, Ciências Florestais, Ciências Biológicas, quanto maior for o conhecimento destes aspectos incorporado na sua formação profissional profissional melhor será o entendimento do funcionamento dos ecossistemas naturais e agrícolas envolvidos em sua área de atuação. Isso tudo deixará você com muito mais segurança e com o “pé no chão”, e, certamente será um grande diferencial nas suas atitudes profissionais, que nortearão as suas tomadas de decisões. seja na geração de tecnologias, inovações e orientações técnicas.
Vale a pena reforçar e chamar a atenção do estudante ou profissional de qualquer uma das áreas envolvidas com a produção vegetal, que as espécies vegetais presentes nos diversos ecossistemas naturais ou agrícolas, podem pertencer as mais diferentes classes botânicas, sejam elas herbáceas, arbustivas e arbóreas. Daí é recomendável conhecer, com a maior profundidade possível, os diferentes eventos fisiológicos nutricionais e metabólicos de cada uma dessas espécies, para uma melhor compreensão do crescimento e desenvolvimento das mesmas em condições edáficas e climáticas de um ecossistema de interesse em particular. No agronegócio este interesse pode ser na forragicultura, na agrofloresta, nas culturas comerciais e também agrosilvipastoril.
“Aguarde, pois em breve disponibilizaremos materiais mais específicos e relacionados com o tema Fisiologia de Plantas Forrageiras, especialmente gramíneas e leguminosas, visando a formação e manejo de pastagens e de capineiras e de outras culturas na alimentação animal “
Fisiologia Vegetal e a Produção nos diferentes Ecossistemas agrícolas envolvendo cultivos anuais e /ou perenes (Heveicultura, Fruticultura, Cafeicultura, Horticultura, Floricultura, Silvicultura, Forragicultura, SAFs, etc)
Não podemos esquecer, NUNCA, que a produção vegetal em qualquer cultivo é o resultado de eventos e/ou processos, relacionados com o fluxo de energia e matéria, que ocorrem a níveis de células, de tecidos, de órgãos específicos das diferentes espécies vegetais em seus respectivos ambientes edáficos e climáticos.
O esquema apresentado na figura a seguir ilustra como interagem este eventos fisiológicos e a importância de cada um deles na maximização da produção econômica de cada ecossistema agrícola especificamente. É uma boa e provocante figura para exercitarmos sobre as possíveis aplicações do que sabemos, aprendemos e trabalhamos nos fundamentos relacionados com os diferentes temas da fisiologia vegetal e de outras disciplinas que fazem parte do currículo dos cursos relacionados com a produção vegetal